Rio de Janeiro - "Dura Lex Sed Lex !"
Hoje,
leio num dos jornais do Rio que foram presos na Quinta da Boa Vista um
casal de rufiões (um policial e uma mulher) por agenciarem a
prostituição de menores no local. Muito bem! Parabéns a nossa polícia!
Cortando na própria carne!
Opa! Mas acaba de me ocorrer algo!...
A alguns metros do Parque que abriga o Palácio dos nossos antigos
Imperadores existe a Zona de baixo meretrício mais famosa do Brasil, a
Vila Mimosa. Será que nada de errado acontece por lá? Sempre ouvimos
dizer que o tráfico de entorpecentes é rotina nos arredores da Rua
Ceará; assassinatos também já ocorreram; voam boatos de que muitas casas
têm como donos membros da nossa esmerada força policial. Será que na
Vila Mimosa, um local quase vizinho à Quinta da Boa Vista, não ocorre
prostituição de menores? Será que nada de errado habita a Zona? Tomara
que não!..
Como vamos entender que tipo de força oculta conduz a
ação da lei? Em São Cristóvão a prostituição é combatida, mas na Zona
da Praça da Bandeira nem ouvimos falar em ação da polícia. No entanto,
sabemos que na Zona acontecem tiroteios gratuitos, pessoas armadas
transitam livremente como se estivessem num faroeste caboclo, a droga
está por todos os lados, além de camelôs, vendedores ambulantes ilegais,
etc. Tudo isso amontoado numa Rua chamada Sotero Reis, com acesso pela
Rua Ceará, próximo a Praça da Bandeira.
A ilegalidade, a
prostituição, o crime, tudo acontece nas barbas do Prédio da Prefeitura,
o Piranhão, bem pertinho do Centro. Atrás da Zona se localiza um
Quartel da Polícia Militar e um pouco mais adiante a Delegacia de São
Cristóvão. O que faz a lei agir na Quinta da Boa Vista, mas ignorar a
Vila Mimosa? Mistério!...
Talvez, a Vila Mimosa seja o retrato
mais adequado para a nossa cidade; talvez, por isso, ela seja preservada
como um monumento ao Rio; talvez, ela ainda venha ser um símbolo que
rouba da nossa boca a palavra que define o nosso Estado: uma zona!
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