sábado, 20 de abril de 2013

A Lei x Zona Boêmia

Rio de Janeiro - "Dura Lex Sed Lex !"
 
Hoje, leio num dos jornais do Rio que foram presos na Quinta da Boa Vista um casal de rufiões (um policial e uma mulher) por agenciarem a prostituição de menores no local. Muito bem! Parabéns a nossa polícia! Cortando na própria carne!

Opa! Mas acaba de me ocorrer algo!... A alguns metros do Parque que abriga o Palácio dos nossos antigos Imperadores existe a Zona de baixo meretrício mais famosa do Brasil, a Vila Mimosa. Será que nada de errado acontece por lá? Sempre ouvimos dizer que o tráfico de entorpecentes é rotina nos arredores da Rua Ceará; assassinatos também já ocorreram; voam boatos de que muitas casas têm como donos membros da nossa esmerada força policial. Será que na Vila Mimosa, um local quase vizinho à Quinta da Boa Vista, não ocorre prostituição de menores? Será que nada de errado habita a Zona? Tomara que não!..

Como vamos entender que tipo de força oculta conduz a ação da lei? Em São Cristóvão a prostituição é combatida, mas na Zona da Praça da Bandeira nem ouvimos falar em ação da polícia. No entanto, sabemos que na Zona acontecem tiroteios gratuitos, pessoas armadas transitam livremente como se estivessem num faroeste caboclo, a droga está por todos os lados, além de camelôs, vendedores ambulantes ilegais, etc. Tudo isso amontoado numa Rua chamada Sotero Reis, com acesso pela Rua Ceará, próximo a Praça da Bandeira.

A ilegalidade, a prostituição, o crime, tudo acontece nas barbas do Prédio da Prefeitura, o Piranhão, bem pertinho do Centro. Atrás da Zona se localiza um Quartel da Polícia Militar e um pouco mais adiante a Delegacia de São Cristóvão. O que faz a lei agir na Quinta da Boa Vista, mas ignorar a Vila Mimosa? Mistério!...

Talvez, a Vila Mimosa seja o retrato mais adequado para a nossa cidade; talvez, por isso, ela seja preservada como um monumento ao Rio; talvez, ela ainda venha ser um símbolo que rouba da nossa boca a palavra que define o nosso Estado: uma zona!

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