sábado, 20 de abril de 2013

Refletindo sobre a Reforma Ortográfica

Bastou que o Luis Fernando Veríssimo fizesse sua alegre defesa em prol do trema e logo surgiram hordas de papagaios alvoroçados acenando com os lenços saudosos e indignados pelo assassinato anunciado do pobre acento diacrítico do português do Brasil.

É claro que a última reforma ortográfica foi extremamente saudável e positiva para a nossa língua, além de aproximar o português da unificação, também desburocratizou alguns aspectos da escrita.

Infelizmente, a bisonhice sobre o assunto e os protestos obscurantistas de quem nem ao menos ainda havia lido o conteúdo das mudanças criaram uma atmosfera de rejeição ao passo à frente que nossa Gramática estava dando. Por um momento, as simplificações de algumas regras pareceram uma heresia que foi brutalmente condenada pelos peseudointelectuais da vez. Por pouco não sentenciaram os reformistas à fogueira da blasfêmia.

Mas não há o que discutir, a reforma ortográfica veio para ficar e para melhorar a relação do usuário com a língua pátria. Ações como esta devem ser louvadas e criticadas somente com o intuito de aperfeiçoar a evolução linguística e nunca com o espírito retrógrado.

A língua não precisa ser um cartório repleto de regras confusas e descartáveis, a língua só precisa ser um doce prazer para quem fala, ouve e escreve.

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